Justiça determina congelamento de bens e honorários de Dal Agnol



A Justiça de Passo Fundo determinou a aplicação de medidas complementares para garantir que milhares de clientes lesados pelo advogado Maurício Dal Agnol recebam ressarcimento. Foram congelados os bens e honorários do advogado. Ele é acusado de ter firmado acordos com empresas telefônicas e não ter repassado os valores integrais aos clientes. A suspeita é de, em 15 anos, milhares de pessoas tenham sido lesadas pelo escritório de advocacia. A sentença é do juiz Alan Peixoto de Oliveira, da 4ª Vara Cível de Passo Fundo.
Apenas no Rio Grande do Sul, ele é réu em centenas de ações judiciais, algumas já com trânsito em julgado. O magistrado estima que o valor cobrado nessas ações chegue a R$ 170 milhões, enquanto o patrimônio retido de Dal Agnol não ultrapassa R$ 5 milhões. O juiz ordenou ainda a expedição de novos mandados de apreensão de bens e valores em relação a oito empresas que tiveram a participação de Dal Agnol no capital social.
A Brasil Telecom já tinha assinado um acordo com o advogado em nome de 5.557 vítimas. Nesse caso, ele recebeu um valor de R$ 50 milhões. O esquema foi descoberto pela Polícia Federal, através da Operação Carmelina, deflagrada em fevereiro de 2014. Dal Agnol foi preso pela última vez em setembro de 2014, e desde então, teve uma série de pedidos de habeas corpus negados pela Justiça.

(Informações Rádio Guaíba/Correio do Povo)

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